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Sentir Sem Sentido

" Se a Vida não te sorrir, sorri Tu para ela."

" Se a Vida não te sorrir, sorri Tu para ela."

Sentir Sem Sentido

09
Jan09

Vou ser Feliz...

sp

 

Limpei as lágrimas que corriam pela face do meu coração, ergui a cabeça, coloquei um sorriso de orelha a orelha, olhei para o azul celeste e disse:- Vou ser Feliz!!!
Porque quero, porque me apetece, porque sei que posso, porque já chega de lágrimas derramadas, porque o Amor um dia vai sorrir para mim... quando chegar o momento certo, esse ser que não sei quem é,  não sei se é alguém que conheço, ou um alguém que poderei vir a conhecer, revelar-se-á... surgirá tal como a neve que, de repente hoje surgiu, amenizando o frio que se fazia sentir, com a alegria que trouxe tão naturalmente...
Porque sei que estou rodeada de pessoas que gostam de mim, os meus amigos, a minha família, e também os meus amigos do mundo da blogosfera, são neste momento da minha vida os pilares que suportam a construção dos meus sonhos...
Eu acredito que vou ser feliz…
04
Jan09

Um Novo Ano, Uma Nova Vida

sp

 Se há um ano lhe dissessem que estaria ali, junto dos seus amigos, ao lado do amor da sua vida, rodeada de alegria e esboçando os mais sinceros e maravilhosos sorrisos, naquela noite de fim de ano, não acreditaria. Há precisamente um ano, Sofia estava internada no hospital, fechada num quarto escuro, sentada no chão junto à cama, e olhando por cima dos ombros para a janela, conseguia ver o céu estrelado, que lhe fazia companhia naquele momento. Para muitos aquela noite era sinónimo de festa, de alegria, de farra e de diversão, para ela, era mais uma dolorosa batalha que ela tinha de suportar sozinha. Na noite de consoada a fraqueza em que se encontrava veio ao de cima, acabou por desmaiar em frente dos seus familiares e este facto despertou-os para a situação real que Sofia estava a viver. Um desgosto de amor conduziu-a a uma depressão. Afastou-se dos amigos, dos seus pais, deixou de fazer aquilo que gostava, deixou de comer, deixou de viver. Os seus olhos eram testemunhas vivas da profundeza da dor em que se encontrava, um sofrimento insuportável, e que se sente só por dentro, e que por isso só ela poderia curar, não existiam medicamentos capazes de curar aquela dor de alma, aquela mágoa que residia no seu coração. Mas, aquela noite ia ser diferente. Recebeu a visita de uma amiga de infância, que não via desde o secundário. Andreia não quis acreditar no que estava a acontecer com aquela que considerava a força em pessoa. Tinha sido nos seus ombros que chorara, tinha sido com ela que aprendera a olhar em frente, quando algo nos quer deixar para trás, fora ela que lhe ensinara que as lágrimas são para se agarrarem nelas e para depois as transformar em sorrisos. Ao vê-la, naquele mundo de dor profunda, não conteve as lágrimas, sentou-se ao pé dela, abraçou-a e nada lhe disse.

- Andreia estás aqui. Não devias estar com os teus amigos? Hoje não é noite de fim de ano? Porque é que estás assim? Não chores…- disse Sofia, com a voz arrastada e muito baixinho.
- Oh Sofia!
Andreia não conseguiu dizer nada. Pensava que não ia ser tão difícil ir visitar a sua amiga e dizer-lhe umas quantas verdades, e fazê-la crer de que tinha uma vida inteira pela frente e que estava a desperdiça-la. Sentiu-se tão fraca e tão triste. Tirou então da sua mala, um pequeno diário. Era o diário de Sofia. Quando se separaram decidiram trocar aqueles pequenos objectos a que chamavam amiguinhos. Abriu uma das páginas e começou a ler:
“ Querido Diário,
Hoje é noite de fim de ano, e como tal venho aqui partilhar contigo os meus desejos:
1º quero que a minha amizade com a Andreia perdure sempre, e que não tenhamos muitas chatices, daquelas que ás vezes temos sem razão.
2º quero que os meus pais deixem de discutir, ficam muito chatos quando o fazem, e eu sei que eles se amam muito.
3º quero que todos os dias deste novo ano sorria, esteja sempre a sorrir, porque a vida é para ser vivida e não lamentada.
4º quero que todos os desejos se realizem, os meus, e os de todas as pessoas.
e por ultimo, eu sei que se costumam pedir 12, mas eu não tenho mais nada para pedir,
5º quero ser feliz para sempre, em todos os dias da minha vida espalhar a alegria, viver até aos cem anos, casar, ter muitos filhos, e ser avó.
Bem, agora vou para ao pé da minha família, é quase meia-noite, e quero pedir estes desejos ao som das badaladas.
Muitos beijinhos da tua amiga confidente
Sofy
31.12.2002”
 
Quando parou de ler, Andreia e Sofia olharam-se, num olhar cúmplice transmitindo força e esperança. Levantaram-se, abraçaram-se fortemente e
- Eu acredito em ti, tu vais conseguir sair deste poço, eu estou aqui, e vou ajudar-te a subir por esta corda que ainda te resta…
- Obrigado Andreia!
As doze badaladas começaram a soar, Sofia olhou os céus, fixou o olhar nas estrelas e sentindo-se cheia de força, de mão dada com Andreia pediu os seus desejos, que seriam objectivos a cumprir no novo ano.
1ªbadalda: quero sair rapidamente do hospital, por isso, vou caminhar e procurar a cura para esta dor interior.
2ªbadalada: quero deixar de chorar
3ªbadalada: quero esquecer o ser que magoou indelevelmente o meu coração
4ªbadalada: quero reencontrar velhos amigos
5ªbadalada: quero estar com os meus pais e abraça-los como antes
6ªbadalada:quero voltar para a Universidade e acabar o meu curso
7ªbadalada: quero voltar a sorrir como antes
8ªbadalada: quero encontrar a paz interior que tanto preciso
9ªbadalada: quero viver
10ªbadalada: quero voltar a apaixonar-me um dia
11ªbadalada: quero que nunca mais deixe de estar tanto tempo sem ver a Andreia
12ªbadalada: quero ser feliz para sempre, em todos os dias da minha vida espalhar a alegria, viver até aos cem anos, casar, ter muitos filhos, e ser avó.
 Sim, desta vez, Sofia precisou de todos os desejos. O caminho da recuperação foi longo e difícil, com algumas recaídas, mas tinha conseguido, e um ano depois estava ali, á espera que soassem novamente as doze badaladas para pedir os seus desejos.

(texto ficticio para a Fabrica de Histórias)

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