Amor é mais que tudo, simplesmente Amar!
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Não sei… nada sei… e dói… dói…
Sinto-me inexplicavelmente perdida, a flutuar numa bolha de sabão transparente que voa pelo ar até lado nenhum… Estou tão saturada deste presente inalienável e preso a uma monotonia perturbadora, mas tão silenciosa… Uma multidão circunda-me todos os dias, falam para mim, eu respondo, sorriem-me e eu sorrio, mas não deixo de me sentir só… não deixo de sentir que um buraquinho profundo vai crescendo aos poucos, cada vez mais e mais, dentro de mim… este buraquinho magoa-me, magoa-me tanto… e não consigo enfrentá-lo e fazê-lo parar, porque ele próprio têm necessidade de se expandir, quando a ausência, a solidão e a dor, se unem e se sentam pertinho do meu coração… Queria expulsá-los de lá, mas não consigo… já não me sinto capaz para o fazer… A alegria, os sorrisos e a esperança, seguiram rumos diferentes, e não me acompanharam nesta caminhada… não sei se algum dia os voltarei a encontrar... não sei se algum dia voltarei a sonhar… não sei se algum dia voltarei a amar…
Hoje o dia acordou alegremente tristonho. O céu está cinzento, e a neve que dele cai transforma a paisagem verdejante, num enorme manto branco, e tudo parece envolver-se num momento único de Paz…
A nostalgia vem abraçar-me, uma lágrima molha a face rosada do meu coração, e outra corre lentamente pelo meu rosto… A beleza de tudo o que contemplo faz-me chorar e pensar em ti, e pensar em nada…
As crianças brincam na neve, sorriem, correm, saltam, tropeçam, caiem, choram, levantam-se, limpam as lágrimas e… voltam a sorrir…
Pudesse também eu limpar estas lágrimas que friamente me magoam, e deixam triste… Pudesse também eu ser criança novamente, ter a esperança viva no olhar, e lutar…
Mas eu já fui criança hoje… já corri, pulei, sonhei… Tudo aconteceu tão depressa, porque num momento olhei para trás e na minha memória algo fez despertar em mim um triste sentir…
Fecho os olhos, sinto o ar frio e cortante na minha cara, a neve toca-me levemente, pego nas minhas lágrimas e delicadamente transformo-as em flocos de neve, que caiem tão devagarinho e cobrem o meu coração numa ternura carinhosa… Deixo-me assim estar… Já não dói… Já nada sinto… fico apenas aqui, inerte na brancura da neve que me acaricia… Sonhando e acreditando sempre…
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