Não sei...nada sei...e dói...dói...
Não sei… nada sei… e dói… dói…
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Não sei… nada sei… e dói… dói…
As minhas amiguinhas, Star e desabafosdaminhaalma deram-me este miminho...
Que vou passar aos meus amigos:
- Alex
- Vanessa
- Carine
- Star
- Pedro
(Passo o desafio a quem gostar de poesia, e a todos os que se sentirem tentados....)
Hoje o meu professor de portugês disse: “ A decisão que tomardes agora, na escolha do vosso curso, será determinante para o vosso futuro”. O problema é que esta escolha está a ser bastante difícil para mim. Primeiro, porque não tenho o total apoio dos meus pais, segundo porque os cursos que eu queria seguir levantam obstáculos. Desde que me lembro, sempre que me perguntavam o que queria seguir, eu respondia Direito. No entanto, hoje Direito aparece como um dos cursos que tem uma taxa elevada de desempregados. Um outro curso que me cativa, é Criminologia, mas tem um grande senão, a média é muito elevada, e eu não sei se vou conseguir melhorar a minha média. A partir daqui, surgem outras opções, mas que já não me cativam tanto, Turismo, Administração Pública, Gestão dos Recursos humanos …
Sinto-me inexplicavelmente perdida, a flutuar numa bolha de sabão transparente que voa pelo ar até lado nenhum… Estou tão saturada deste presente inalienável e preso a uma monotonia perturbadora, mas tão silenciosa… Uma multidão circunda-me todos os dias, falam para mim, eu respondo, sorriem-me e eu sorrio, mas não deixo de me sentir só… não deixo de sentir que um buraquinho profundo vai crescendo aos poucos, cada vez mais e mais, dentro de mim… este buraquinho magoa-me, magoa-me tanto… e não consigo enfrentá-lo e fazê-lo parar, porque ele próprio têm necessidade de se expandir, quando a ausência, a solidão e a dor, se unem e se sentam pertinho do meu coração… Queria expulsá-los de lá, mas não consigo… já não me sinto capaz para o fazer… A alegria, os sorrisos e a esperança, seguiram rumos diferentes, e não me acompanharam nesta caminhada… não sei se algum dia os voltarei a encontrar... não sei se algum dia voltarei a sonhar… não sei se algum dia voltarei a amar…
Às vezes preciso de me sentir num deserto, preciso de permanecer lá uns quantos dias para voltar e regressar com as ideias no lugar. Há dois tipos de desertos. O primeiro é aquele a que eu me referi inicialmente, é um refúgio, um porto de abrigo, um momento para estar comigo própria, para me descobrir e para tentar perceber o que está a acontecer no mundo que me circunda e que me pertence. O outro, eu não gosto muito, é um deserto muito doloroso, que surge nos meus caminhos quando eu menos espero, e me suga para ele sem que a minha própria vontade queira. Neste momento sinto que metade de mim está no primeiro deserto, e que a outra metade está no outro. Por um lado sinto a felicidade irradiar dentro de mim, sinto o sol sorrir-me, sinto as estrelas brilharem e dar-me esperança, sinto força, sinto optimismo, sinto que o meu céu está totalmente preenchido. Mas por outro, por outro, sinto que falta uma estrela… a Estrela… capaz de preencher todos os buraquinhos do meu céu. E é no deserto inesperado que o meu coração permanece, distante da minha razão que está no seu refúgio…
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