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Sentir Sem Sentido

" Se a Vida não te sorrir, sorri Tu para ela."

" Se a Vida não te sorrir, sorri Tu para ela."

Sentir Sem Sentido

10
Mai09

Desculpa ter-te perdido!

sp

Tempo perdido. Pensei eu para com os meus botões. Depois de mais de meia hora à procura do dossier de capa verde, que precisava para a reunião que ia ter dali a uma hora, continuava sem o encontrar. Remexi em todas as minhas gavetas, revistei por baixo da cama, quando para meu espanto encontrei um sapato. Era o sapato que tinha usado no baile de finalistas. Senti-me tão mal por tê-lo encontrado. Primeiro, porque culpei o cão do vizinho de mo ter roubado, e cada vez que passava por ele fazia questão de lho lembrar. Pobre rafeiro… Depois, porque tinha deitado o outro sapato para o lixo. Para que é que eu queria apenas um sapato? Irónico o destino, agora encontrava-se ali á minha frente um solitário e perdido sapato… Continuei a caça ao dossier. Vasculhei nos mais recônditos lugares possíveis e alguns inimagináveis, como o armário da casa de banho, onde acabei por encontrar um estranho caderno velho. Tentei lembrar-me qual o motivo da existência daquele caderno, e subitamente lembrei-me: O meu diário! Mas como é que ele veio aqui parar? E eu a pensar que o tinha perdido para sempre. Era um diário antigo, da minha adolescência. Comecei a desfolhá-lo, e parei numa página que começava assim,

“25 de Maio de 2000
Querido amiguinho,
Mais um dia perdido, nesta, já mais que perdida, adolescência.”
 
Achei curioso e por isso continuei a ler.
 
 
“Perdi de vez a vergonha, e declarei-me ao Francisco a semana passada. Eu já te falei sobre o Francisco? Ele é o rapaz mais bonito que eu já vi em toda a minha vida! Mas ele não quer nada comigo. Diz que quer somente ser meu amigo, e que se eu insistir, vou perder a sua amizade. Apesar de as suas palavras terem ferido como nunca o meu coração, decidi, que não ia desistir. E acabei por perder a sua amizade. Deixou de me falar. Oh! Malditos 14 anos. Só desilusões! Perdi um amigo, e estou quase a perder a paciência. Um totó da minha turma anda a mandar-me bilhetes anónimos, como este:

 

“ Sou um pássaro perdido,
Que se esconde nos umbrais.
Sou um amor não correspondido,
Que aumenta cada vez mais.
Sou o vento, sou o ar,
Sou a manhã e a noite escura.
Sou uma estrela, sou o luar,
Por ti sou tudo, minha ternura.”
 
Achas normal? Estou mesmo á beira de perder a minha postura e dizer-lhe que pare de me chatear. Chama-se António. Combina mesmo com ele. Que tonhó! Usa uns óculos redondos, tem aparelho, e umas sardas que mal se notam, mas que lhe ficam super mal. E o cabelo, risco ao lado!! Enfim, o que eu tenho de aturar. Adolescência perdida, definitivamente!!
 
Beijinhos rechonchudos, a tua confidente,
Mary.
 
P.S. Tirando o facto de o António ter aquele aspecto de totó, ele faz-me rir, e é super simpático, e confesso que até lhe acho uma certa piada. Mas não contes a ninguém. Não vou andar com um tonhó! Só se perder de vez o juízo…”
 
Era um bocadinho fútil eu, ahh! Já nem me lembrava! Pensei eu. Desfolhei mais umas páginas, e parei nestas:
 
“23 de Julho de 2000
Olá meu querido amigo,
Perdi o António. Acho que ele se cansou de mim. Cansou-se das minhas tampas, das minhas respostas tortas, cansou-se da Mary pindérica que finjo ser… Eu não valho nada. Perdi-o! Acabou o ano lectivo, e ele foi viver definitivamente para Lisboa. Nunca mais o voltarei a ver. E sabes o que me magoa mais? É que eu gostava mesmo dele, mas perdi o meu tempo a negar o que sentia…
 
Beijinhos de mim, simplesmente eu, Maria.”
 
Quando acabei de ler isto, olhei para a fotografia que estava em cima da sapateira, e vi um casal apaixonado, a sorrir. Lembrei-me daquele dia. Era o meu primeiro emprego. Era o meu primeiro dia na empresa. Estava completamente perdida e desorientada. Vi um homem de costas e resolvi ir pedir-lhe ajuda.
- Peço desculpa. - disse-lhe, enquanto lhe tocava ligeiramente no braço. – Pode dizer-me onde fica a sala dos… - calei-me. Não queria acreditar no que vi à minha frente. Não podia ser. Era mesmo ele? Não. Ele tinha óculos, e sardas, e aparelho, e risca ao lado no cabelo, e era um magricelas, e…como é que ele se chamava?
- Sim? Sente-se bem?
Por momentos ficámos um a olhar para o outro. Estava perdidamente perdida.
- Maria? És tu? Maria da Escola dos Caminhos Perdidos? Do 9º ano? És mesmo tu? - inquiriu ele, com um sorriso radiante, como se tivesse ficado feliz por me ver, e ao que parece ficou mesmo.
- Sim, sou. Tu és o…o…o… -tentei lembrar-me do nome dele, mas a minha memória tinha-o perdido.
- O António. – disse-me ele.
 
Triiimmm, trimmmm… a campainha soou, acordando-me dos meus pensamentos e trazendo-me repentinamente para a realidade. Mas que horas são? São quase 3h. Não pode ser! A reunião. Trimmm. – Quem é? Trimmm. – Já vai.
 
-Tu? O que é que estás aqui a fazer? – perguntei.
- É sempre assim que recebes as visitas? – perguntou ele.
- Desculpa. Vou ter uma reunião dentro de instantes, estou atrasadíssima. – puxei-o pelo braço dei-lhe um beijo, e fechei a porta.
- Não te esqueceste de nada?
-Que eu saiba não. Porquê? – inquiri eu, enquanto arrumava a papelada em cima da minha secretária, na esperança de encontrar o dossier.
-  Estes documentos? Não precisas deles?
- Onde é que os encontras-te? – tirei-lhos da mão de repente, radiante, por finalmente os ter descoberto.
- Onde tu os perdes-te. – disse-me rindo. – Deixaste-os no meu escritório hoje de manhã, quando te foste despedir de mim.  
- Deixei? A culpa é tua.
- Minha?!! - perguntou ele…
- Sim tua. Tu deixas-me perdidamente perdida, e é por isso que acabo por perder as coisas…
- Ahhh sim? E também foi por minha causa que perdes-te a reunião?
Eram quase quatro horas e não três, como eu pensava. Por sorte, tinha havido problemas com o voo dos clientes e a reunião tinha sido cancelada.
 
- Desculpa ter-te perdido. – disse-lhe.
- Perdeste-me?
- É uma longa história. Hoje encontrei um diário antigo e …
 
 
(História fictícia para a Fábrica de Histórias)
07
Mai09

"Esta, meu amor, é a minha vida sem ti."

sp

https://farm4.static.flickr.com/1063/1312701179_5521ef8470.jpg

 

“ Onde estás tu? E por que razão, interrogo-me sentado sozinho numa casa escurecida, fomos forçados a separar-nos?
Não conheço as respostas para estas perguntas, por mais que me esforce por compreender. A razão é evidente, mas a minha mente obriga-me a rejeitá-la e sou atormentado pela ansiedade durante todas as minhas horas de vigília. Sinto-me perdido sem ti. Sinto-me sem alma, um vagabundo sem casa um pássaro solitário em voo para lado nenhum. Sinto todas estas coisas, e não sou absolutamente nada. Esta, meu amor, é a minha vida sem ti.”
 
Excerto retirado do livro “As palavras que nunca te direi” de Nicholas Sparks
26
Abr09

Amor é mais que tudo, simplesmente Amar!

sp

http://www.bica.pt/wp-content/uploads/2009/02/palavras1-255x300.jpg 

 

Leves pensamentos voam no horizonte,
Esgueiram-se do meu ser e vão para longe.
As frases desvanecem ao passar a ponte,
Fechadas pelo tempo, que também me foge.
 
Feitas prisioneiras no coração de alguém,
(Prisão insensata, egoísta e tão cruel…)
Amar não é proferir aqui e além,
Indiscretas palavras com sabor a fel.
 
Aquelas que o silêncio não prenuncia,
Habitam no mais recôndito lugar do mundo.
Outras, levadas pelo vento que se anuncia,
Andam por aí, sem significado profundo.
 
Ouvi as tuas palavras, em versos professadas,
Escritas de igual modo nesse lindo e sereno olhar.
Amanhecidas no silêncio das letras silenciadas:
"Amor é mais que tudo, simplesmente Amar!"

 

 

13
Abr09

Fechei os sentimentos, antes sentidos

sp

(https://1.bp.blogspot.com/_150SvRd5KtU/SbEujOfPLeI/AAAAAAAABNY/

 

 

Fechei os sentimentos, antes sentidos,
No lugar mais recôndito do meu ser.
Separei-me dos sorrisos tristes e escondidos,
Perpetuando no meu coração a palavra Viver.
 
Cada pedaço da minha alma que sofria,
Espera agora força, alento e vida.
A esperança cresce acompanhada de alegria
Dentro de uma eterna e mágica flor renascida.
 
Sonho. Voo. Vou até ao indefinido.
Pará por momentos nas estrelas para escutar.
E nas nuvens para sorrir e olhar o céu perdido.
Paro. Para tantas vezes para me pensar.
 
Já são tão poucos os silêncios que se ouvem.
Ah! E são tantas as palavras, as promessas…
Escuta os nadas que no tudo se escondem,
Nesse vivo e longo caminho que atravessas.
 
 

 

05
Abr09

Mar... O meu refúgio

sp

(Albufeira Praia dos Pescadores) 
 
As férias acabaram. Oito maravilhosos dias passaram à velocidade de um sopro de mar, que mal se sentiu, que passou tão de repente, mas que deixou marcas indeléveis impossíveis de apagar. Foi tudo perfeito, desde o primeiro ao último segundo. Mas se por um lado uma enorme felicidade me preencheu a alma, por outro um vazio profundamente indescritível se apoderou de mim na hora de despedida. Fui despedir-me do mar, como se tratasse de um ser que me acolheu na sua casa e que agora me ia ver partir para longe. As águas estavam mais calmas do que alguma vez haviam estado nos últimos dias, a sua limpidez e a sua transparência deixavam ver o seu interior tão puro e genuíno. Os raios de sol espelhavam-se no mar, fazendo reflexos cristalinos, brilhantes e reluzentes. Ao pé de si as crianças brincavam alegremente, sem medos, sem receios, com vontade de brincar. Como desejei tanto voltar a ser criança, voltar a ter aquele eterno e resplandecente sorriso, cair e levantar-me logo a seguir para correr pela areia ainda com uma lagrimazinha no canto do olho, mas com um sorriso maroto nos lábios, e com a força e com a certeza de que tudo é possível. As gaivotas voavam e emanavam alegria a cada novo bater de asas. Às vezes pousavam perto da água, deixando as marcas das suas pequenas patas na areia, que depois eram apagadas com o passear do mar. Como desejei ser gaivota, para poder voar livremente, para poder estar sempre perto do mar, estar sempre perto do céu, estar sempre perto do infinito. Lá ao fundo, o Horizonte olhava fixamente os meus olhos, questionava-me, e ia-me invadindo aos poucos sem pedir licença. Uma nuvem cinzenta aproximou-se lentamente de mim, a cada passo seu o turbilhão adormecido há muito no meu interior ia ganhando vida, ia acordando aos poucos, iam-se agitando os ventos, ia despertando a mágoa adormecida que em mim habitava. Senti uma tristeza inconsolável ao vislumbrar tamanha beleza. À minha frente o mar transformava-se no ser mais que perfeito que habitava a Terra. Desejei tanto ser como ele. Ter a sua beleza, ter a sua grandiosidade, ter a sua transparência, ter a sua elegância, ter a sua magnitude, ter o seu cheiro, ter a sua perfeição, ter a sua força, ter os seus mistérios, ter os seus sonhos, ter o seu brilho, ter a sua maneira de sentir, ter a sua maneira de escutar… Mas acima de tudo, desejei que alguém gostasse de mim da mesma forma como gostam do mar. As lágrimas caíram pela minha face, tentei evitá-las, quis mesmo escondê-las, mas foi impossível. O marulhar das águas parecia ecoar uma suave melodia, uma melodia que me veio abraçar e acolher cada pedacinho de cada lágrima que suavemente deslizava pelo meu rosto. A certa altura deixei de perceber porque chorava. Não sei mesmo porque o fiz, talvez tivesse sido o acumular de tantas outras coisas, o que é certo é que precisava de o fazer, há muito que tinha estas lágrimas guardadas dentro de mim, que queriam soltar-se, que queriam revelar-se. Tal como o mar as minhas lágrimas eram salgadas. Salgadas porque tinham mágoa, porque tinham tristeza, porque eram um triste desabafo, porque tinham sido reprimidas tanto tempo. Procurei respostas, procurei caminhos, formulei perguntas, mas não recebi soluções concretas. Chorei tudo o que tinha para chorar. Aos poucos as lágrimas foram secando, o Sol brilhava intensamente e parecia sorrir-me e dar-me força. Olhei uma última vez para aquela paisagem deslumbrante, única, indescritível. Senti que algo em mim tinha mudado. Senti um alívio, uma paz, uma tranquilidade, uma serenidade, um aconchego… Senti que o mar me tinha roubado os problemas, as dúvidas, as mágoas… Senti-me livre, com capacidade de sonhar, de acreditar, de sentir, de desejar, de lutar, de amar… Senti que o mar me dizia para ir, para seguir o meu caminho sem vacilar, para ter força… Foi o que fiz, depois de agarrar toda a sua força, virei costas e nunca mais olhei para trás. Na minha memória ficou aquela imagem lindíssima… o mar, coberto de luz, coberto de esperança, coberto de certezas...
 
Texto para a Fábrica de Histórias (Real)
22
Mar09

Não sei...nada sei...e dói...dói...

sp

Não sei… nada sei… e dói… dói…

A ferida abre-se… tão lentamente… que a cada segundo dói mil vezes mais que antes…
Dói tanto… olhar e ver que és o passado constante, que está presente nos meus dias…
A noite permanece… o dia não tem forças e o sol não rasga os céus…
Quero ir embora daqui… deixar este mundo que nunca me pertenceu… mas que pensei que fosse meu… quero sair daqui… quero fugir de ti, de mim, do meu sentir…
Quero esquecer que te olhei, que sonhei, e que nos meus sonhos te amei…
Quero esquecer que quis esquecer o que senti…
Quero apagar as memórias apagadas por ti… que nunca existiram…
Quero esquecer que as estrelas me mentiram e que a lua me traiu…
Porque os sonhos não voaram, e eu não os pude alcançar…
Sonhei, sonhei em vão… amar, amar e voltar a amar ….
….
….
..................................................................................
15
Mar09

Desafio... Confiança

sp
Os meus amigos cuidandodemim, e o Alex,desafiaram-me. O desafio consiste em fazer um poema sobre a Confiança. Pois bem,foi o que me saiu....
 
 
Caí na tentação de te entregar
 
Os segredos que o meu olhar guardava.
Nos teus braços depositei a dor de amar, e,
Feridas que que o meu coração não apagava.
Inculquei em ti os meu dilemas,
Ao ponto de eles também serem teus.
Não me abandonaste e perguntaste apenas:
Ça va bien? - Oui. Graças a Deus! Por isso,
Ainda te confio as nossas alegrias, e os nossos problemas…
 

(Passo o desafio a quem gostar de poesia, e a todos os que se sentirem tentados....)

13
Mar09

Escolhas e Decisões

sp

Hoje o meu professor de portugês disse: “ A decisão que tomardes agora, na escolha do vosso curso, será determinante para o vosso futuro”. O problema é que esta escolha está a ser bastante difícil para mim. Primeiro, porque não tenho o total apoio dos meus pais, segundo porque os cursos que eu queria seguir levantam obstáculos. Desde que me lembro, sempre que me perguntavam o que queria seguir, eu respondia Direito. No entanto, hoje Direito aparece como um dos cursos que tem uma taxa elevada de desempregados. Um outro curso que me cativa, é Criminologia, mas tem um grande senão, a média é muito elevada, e eu não sei se vou conseguir melhorar a minha média. A partir daqui, surgem outras opções, mas que já não me cativam tanto, Turismo, Administração Pública, Gestão dos Recursos humanos …

Isto está mesmo complicado, e o pior é que já falta tão pouco tempo para decidir, e sinto que tinha mais certezas o ano passado, do que agora…

 

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